Cá estou eu de novo. Depois dos posts de retrospectiva do ano que passou (leiam aqui e aqui as melhores e piores leituras de 2017) é altura de começar a tecer considerações sobre o ano presente. E sim, já me comprometi a fazer mais exercício e a gastar menos dinheiro em tralha como demanda a lei dos clichés dos desejos de ano novo.
O desafio do Goodreads que impus a mim própria em 2017 – o meu primeiro ano no Goodreads – correu muito bem. Tinha-me auto-proposto a ler 40 livros e consegui ler 46! Este ano, pelo sim pelo não, mantive a meta nos 40 livros. Apesar de, à partida, ser um ano mais folgado em termos de tempo e paciência, algo me diz que lá para Junho outras preocupações começarão a efervescer na minha mente. Depois se verá.
Desses 40 livros que pretendo ler há 12 que são mesmo imprescindíveis. Não quero estar a colocar demasiada pressão em cima da minha pobre pessoa mas se chegar a 2019 sem ler esta dúzia sou bem capaz de comprar um cilício e começar a castigar-me pela minhas fracas decisões na vida.Vamos lá aos livros:
Este é um livro que chegou à minha estante não há muito tempo; se não me engano, comprei-o na FNAC em meados de Novembro. Não sei como é possível ser tão fascinada pela Rússia e ainda só ter lido um livro de um autor russo (já agora, foi o ‘Lolita’ do Nabokov). 2018 é o ano em que vou voltar aos russos. Dostoiévski também é uma opção mas ‘Anna Karenina’ parece-me mais soft para começar.
Nem vou dizer há quanto tempo tenho este livro aqui por ler. Na verdade, nem me lembro bem. E o pior de tudo é que não sei o porquê de ainda não o ter lido! Tenho imensa curiosidade com a história, apesar de saber muito pouco. Não é um clássico favorito de muita gente, é certo. Pelo contrário, é comum encontrar pessoal a expressar o seu desgosto para com o livro, por ser muito dark e deprimente. Mas é exactamente por isso que acho que vou gostar!
Depois do sucesso da saga Millenium do falecido Stieg Larson parece que os thrillers nórdicos se tornaram os arquétipos do género. Não foi a única, mas “As Faces de Victoria Bergmans” foi sem dúvida uma das séries de que mais ouvi falar em 2017. E só li/ouvi maioritariamente elogios! Como fã de thrillers, de mortes e de desgraças é quase imperativo começar esta trilogia este ano.
Como já mencionei algures anteriormente, um ano não pode ser um bom ano se não tiver
pelo menos um livro do Stephen King. Adoro a escrita, adoro as personagens, adoro as histórias (as boas e as más). Não percebo como é que só
comecei a ler este gajo há coisa de dois anos… Enfim. Para além dos livros inseridos no
projecto da “Outra Mafalda” (começamos já com o ‘Cujo’ em Fevereiro) espero conseguir ler alguns adicionais. Idealmente, seria o ‘It’. Realisticamente, vai ser o “Under the Dome” porque é também um
grande ‘clássico’ do Stephen King e é um livro que tenho aqui em casa em formato físico.
Excited!
Eu sei que sou uma minoria aqui mas é um facto que gosto dos livros do José Rodrigues dos Santos. Não, não são as histórias mais originais ou mais bem escritas que já li na vida e não, não considero o JRS o melhor escritor português. Mas gosto de ler os livros dele porque dá sempre para aprender alguma coisa.
Às vezes basta uma breve menção a um nome ou a um fenómeno para me dar vontade de passar as próximas horas a ler e pesquisar sobre o assunto. E eu valorizo muito essa influência. Sei que o ano passado ele também lançou o “Sinal de Vida”, que também tenho para ler, mas o “Reino do Meio” fecha uma trilogia com dois volumes que já me conquistaram. Nem poderia ser de outra maneira, tratando-se de romances históricos.
Praticamente tudo o que disse sobre o livro anterior pode ser aplicado a este também. Sim, incluindo as partes sobre a escrita e a história não serem nada por aí além. Ken Follet conquistou-me na altura em que li “Os Pilares da Terra“, a primeira parte de uma trilogia que ainda não terminei. Infelizmente, os livros que li do autor posteriormente ficaram um pouco aquém das minhas expectativas. Ainda estive indecisa entre começar esta nova série ou ler “O Mundo Sem Fim”, a sequela de “Os Pilares da Terra”, mas entre século XX e século XIV… o vencedor é óbvio. Com sorte, ainda sou capaz de ler os dois.
2017 foi ano de estreia para mim com a rainha dos policiais, Agatha Christie, o que reacendeu em mim uma antiga paixão por livros de mistério e detectives. Já li algumas coisas de Arthur Conan Doyle, nomeadamente alguns pequenos contos e o clássico “O cão dos Baskervilles”, mas um dos meus objectivos para este ano é ler grande parte da colectânea das aventuras de Sherlock Holmes. Sei mais ou menos ao que vou porque ainda vi as primeiras três temporadas da série ‘Sherlock’ da BBC com o belíssimo Benedict Cumberbatch no papel principal e já tenho uma ideia das personagens e das personalidades. Não é toda a gente que elogia o famoso detective de Sir Arthur Doyle mas algo me diz que não me vou desapontar.
E mais um
thriller aqui para a lista. Sobre este, sinceramente,
não tenho muito a dizer. Ouvi falar
muito bem dele em alguns canais do Youtube (acho que vi primeiro no
canal da Dora) e fiquei curiosa. Não é qualquer
thriller que me chama a atenção de imediato (apesar de gostar do género,
não sou atraída por qualquer coisa) mas também não é todos os dias que encontro um livro com tantas
opiniões consistentes e tão positivas. Uma leitura marcada para breve, espero.
Acredito que muit@s estarão agora a perguntar-se a que museu do século passado é que eu fui desencantar este livro com esta capa. Ora olhem lá com atenção mais um bocadinho e vejam se descobrem porquê tanto interesse por este livro. That’s right, é do mesmo autor do livro “The Kitchen Boy”! Duvido que ainda não tenham ouvido falar desse… o romance histórico que conta os últimos dias da família do Czar Nicolau II do ponto de vista de um puto da cozinha! Um preferido de muita gente, eu incluída. E quem conhece a história dos últimos Romanov com certeza conhece a figura de Gregory Rasputin. “A filha de Rasputin” é nada mais nada menos do que um romance histórico de ficção sobre esse mesmo santo que tantas polémicas levantou na altura. Como não desejar?
Ainda na onda dos romances históricas, uma escolha de uma das mais conhecidas escritoras do género, Philippa Gregory. Este é o quarto volume da série “Os Tudor” onde a autora escreve sobre vários acontecimentos e pontos-de-vista de personagens que participaram na famosa Guerra das Rosas, o conflito inglês que colocou as famílias Lencastre e York à pancada mas que acabou por ser ganha pela família Tudor (hum, spoiler?). Este livro conta a história de Ana Neville, mulher de Ricardo de York e cunhada de Eduardo IV, mais uma pobre vítima do jogo dos tronos que era a Inglaterra medieval. Confesso que não é das personagens mais cativantes do universo da série mas não é por isso que o livro me deixa com menos curiosidade.
Olá distopia! Depois de me ter rendido ao género em 2017 não podia deixar a sensação esmorecer no novo ano. Depois de lidos os clássicos “1984” e “Admirável Mundo Novo” preciso ler agora o “Fahrenheit 451” para completar a tríade dos clássicos distópicos. Neste livro acompanhamos um bombeiro (fireman) cujo trabalho consiste em pegar fogo à coisa mais ilegal daquele mundo alternativo: livros. E assim de repente parece que estou a ler a sinopse de um livro de terror. Não sei muito mais sobre a história e, sinceramente, também não quero saber. É um daqueles livros dos quais quero sair surpreendida.
Este foi o primeiro escolhido para o meu desafio pessoal de ler um livro do Saramago por ano. Depois de ter adorado “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” percebi que a minha existência na Terra não seria plena se não lesse todos os comentários que Saramago tem a tecer sobre a religião católica. Desta vez deixamos o Salvador descansado lá no Altíssimo e viajamos até ao Antigo Testamento para acompanhar Caim na sua jornada após assassinar o próprio irmão (spoiler?) e fazer um acordo com Deus. Eu sei que tenho de ter cuidado com as expectativas uma vez que este não é um livro tão bem cotado quando comparado com os anteriores… mas não consigo evitar ficar entusiasmada!
Obrigado pela motivação, Shia LaBeouf. 2018 está apenas a começar e acho que tem tudo para ser um grande ano, a vários níveis. Mas mesmo que tudo o resto falhe, já ficarei muito contente se conseguir ler estes doze livros. Se nem isso conseguir… bem, deixemos as tragédias para os gregos.
Se já leram algum deste livros eu gostava muito de saber a vossa opinião! Ajudem-me a escolher quais é que devo ler primeiro 😀
Dos que mencionaste já li o "Monte dos Vendavais" (gostei bastante), "A filha do conspirador" (também gostei) , "The kind worth killing" (gostei) e o Fahrenheit 451 (queria ter gostado mais:/). Já li também algumas aventuras Sherlock mas não todas. Tenho o Anna Karenina por ler (não me parece que seja este ano) e adorava ler também o "A queda dos gigantes" este ano. Fico depois à espera da tua opinião do Rasputin's daughter 😀
bjs e boas leituras
Obrigada pelas tuas opiniões, Catarina! 😀 Parece que fiz uma boa selecção de livros 🙂 Fiquei com muita vontade de ler o "Anna Karenina" depois de ver a Chris falar tão bem dele. Os outros já são desejos mais antigos.
Estou inclinada a começar o "Rasputin's Daughter" primeiro, então. Lá para Fevereiro, maybe 🙂
beijinhos!
Acredito que o Anna Karenina vá ser o mais complicado… mas 'Os Miseráveis' é 'pior' e também o li e gostei 😀 Estou muito curiosa com "O Monte dos Vendavais", não vai passar deste ano de certeza!
Obrigada pelas opiniões, Inês! 🙂
Tens muitas boas escolhas na tua lista, acho que as vais adorar 🙂
Adoro saber aquilo que as pessoas querem ler ou andam a ler – é uma boa forma de procurar inspiração para as nossas próximas leituras!
Considero todas "safe choices", livros que tenho quase a certeza que vou gostar 😀 A questão é 'quanto' é que vou gostar.
Sem dúvida! Todos os dias tiro um bocadinho para espreitar os blogs/canais/Goodreads de outros leitores 🙂 Problema? Já tenho uma wishlist com mais de 100 livros, eheh x)
Obrigada por comentares 🙂