Reler livros… sim ou sim? Confesso que é coisa que oiço falar pouco por aí. E é bastante compreensível; todos os dias saem novas novidades de livros e a vida é efémera, after all. Eu própria não sou de o fazer com regularidade, exceptuando a releitura de ‘Harry Potter’ que vou fazendo a cada dois anos.
Mas, ultimamente, tenho olhado com mais atenção para as minhas prateleiras e algumas dúvidas têm-se formado na minha cabeça; “Afinal, de que fala este livro?”, “Lembro-me de ter adorado este livro, será mesmo assim tão bom?” ou “Este livro merece o hate que leva?” são apenas alguns exemplos. Assim, organizei esta pequena lista de 8 livros que gostaria de reler brevemente, por uma ou outra razão. Atenção que, neste contexto, o advérbio ‘brevemente‘ tanto serve para se referir às próximas semanas como aos próximos anos. Afinal, sou uma pessoa bastante preguiçosa ocupada.
O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien
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A Filha da Minha Melhor Amiga – Dorothy Koomson
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À semelhança da maioria das pessoas, este foi o primeiro livro que li da autora Dorothy Koomson. E, de novo à semelhança da ‘manada’, gostei bastante. Infelizmente, os últimos livros que li da autora foram grandes desilusões para mim. ‘Amor e Chocolate’, ‘O outro amor da vida dele’ e ‘A Amiga‘ não chegaram nem aos calcanhares de ‘A Filha da Minha Melhor Amiga’.
Ou será que chegaram? A verdade é que já li este livro há muito anos atrás e pouco me lembro do conteúdo. Será assim tão bom como me lembro? Ou é apenas mediano, como a maioria dos outros livros da autora? Bem poderia ficar quietinha e deixar o livro permanecer como uma boa recordação… mas não. Preciso de descobrir!
Oliver Twist – Charles Dickens
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Um dos melhores livros que li em Janeiro deste ano foi o clássico “Jane Eyre”, da Charlotte Bronte, como referi no meu resumo mensal. Para além de ter sido uma leitura 5 estrelas, o livro deixou-me com algumas saudades daquele que considero ser um dos meus livros preferidos de sempre, ‘Oliver Twist’. Já li o livro, vi dois filmes e vi uma série da BBC baseada na obra… isto há demasiados anos atrás.
Preciso de reler isto, urgentemente. A única coisa que me prende é que 95% das páginas deste livro são de tristeza, injustiça e sofrimento. É claro que é essa a essência do livro e é por isso que gosto tanto dele, principalmente porque faz com que os restantes 5% sejam a coisa mais preciosa de se ler nesta vida. Mas é preciso um certo estado de espírito para se entrar num livro deste tipo. Vou ter de esperar um bocado por um momento mais oportuno.
Os Homens que odeiam as Mulheres – Stieg Larsson
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A série Millennium é certamente uma das minhas séries literárias preferidas. Não fosse isso suficiente, é também a série responsável por me apresentar uma das minhas personagens preferidas de sempre: Lisbeth Salander, claro. É com alguma pena que tenho vindo a assistir a uma quebra da sua ‘importância’ nos livros que foram escritos pelo David Lagercrantz após a morte do Larsson. Bastard.
Não é que não tenha gostado dos últimos dois volumes, pelo contrário. Mas, para mim, as histórias da série deviam girar à volta do Mikael e da Lisbeth, e isso tem-se perdido; estão a passar de protagonistas a personagens secundárias. Quando a Lisbeth aparece sozinha em todas as capas dos livros parece-me lógico assumir que ela será o destaque das histórias. Ou se calhar é só o meu wishful thinking. Sinto falta da história original e quero recomeçar tudo de novo.
O Diário de Anne Frank – Anne Frank
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Mais uma vez estamos no caso do “li isto há demasiados anos atrás, quero relembrar-me das coisas”. Acho que li “O Diário de Anne Frank” duas vezes na vida, ambas antes de ter começado o meu ensino secundário (onde é que isso já vai…). Pelo menos sei que li a primeira versão definitiva do livro, o que já não é mau. Toda a gente conhece a história, não é daquelas que se esqueça facilmente. Quero simplesmente reler para recordar alguns pormenores. Pena que, à semelhança do ‘Oliver Twist’, também este requeira um estado de espírito não tão depressivo ou emocional, o que nem sempre é fácil de adoptar.
Uma Morte Súbita – J. K. Rowling
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Este foi o primeiro livro que a J. K. Rowling lançou que é totalmente independente da famosa série ‘Harry Potter’. Obviamente que, como grande fã da série, corri para ir comprar a grande novidade, isto lá para finais de 2012. E não me desiludi com ele, apesar de agora me lembrar de muito pouco. Ou quase nada, para sermos sinceros.
Parece que está actualmente a decorrer uma releitura deste livro por alguns bloggers e booktubers mas, infelizmente, não me apercebi a tempo da iniciativa. Teria sido interessante poder ir trocando algumas impressões com pessoal diferente… até porque acho que poderão surgir opiniões muito díspares. Vamos ver.
Crepúsculo – Stephanie Meyer
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E para fechar a lista com chave de ouro falemos daquele que é muitas vezes usado como pinhata quando o tema é maus livros de vampiros e lobisomens para uma audiência feminina adolescente. Li estes livros logo que saíram tal era o frenesim que se estava a gerar à volta deles e, felizmente, achei uma grande bodega. E digo ‘felizmente’ porque me lembro claramente de ver naquela altura a audiência atacar a série ‘Harry Potter‘, insinuando que ia cair no esquecimento e que ‘Twilight’ era a próxima grande coisa. Coitados.
É certo e sabido que ‘Twilight’ pouco contribui para a literatura per se, mas será realmente assim tão medíocre ou inferior àquilo que ainda hoje vejo ser publicado por aí? Talvez sim, talvez não. Talvez seja até mais engraçado do que aquilo que me lembro. Preciso de voltar à história uma próxima (e última!) vez para lhe dar o benefício da dúvida que também merece.
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