Não sei até que ponto é justo trazer uma opinião sobre este livro. Seria como ter alguém a avaliar a minha qualidade literária pelas composições que escrevi no 8º ano para os concursos de escrita da escola ou pelos posts que escrevia no meu antigo blog sobre Harry Potter (já agora aqui deixo o link (https://4everhp.blogs.sapo.pt/), para gozarem à vontade).

Escrever sobre o amor, viver com o amor, acordar e dormir com o amor, é o mais fácil. A partir do momento em que se tem, é tudo de uma facilidade relativa. Difícil é viver sem ele. (…) É preciso já ter vivido com amor, com paixão estúpida, para saber como é a vida sem eles. Para lhes dar valor quando nos entram pela porta só encostada (…) O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar. O amor é mais bonito do que a vida. A vida que se lixe. . – pp 81-82
Se há coisa que os velhinhos gostam de fazer e que a mim me consome os nervos é terem a mania de se apresentar em tudo quanto seja serviço público logo de manhã bem cedinho. (…) Pergunto-me eu, qual é o objectivo de serem os primeiros nas filas se têm o DIA TODO para tratar dos seus assuntos? (…) Mas ficar despachado para quê? O que é que vai fazer o resto do dia? Ver o “Portugal no Coração”? . – pp 117-118
É de relevar que aquando da escrita deste livro (o seu primeiro) a Pipoca tinha apenas 27 anos, e dez anos separam a moça de outrora da mulher madura que hoje em dia está casada, é mãe de dois filhos e tem ainda mais influência e responsabilidade do que quando já era “a rapariga mais invejada de Portugal”. É totalmente compreensível e até esperado que as ideias evoluam ao longo de uma década, que contradigamos preconceitos antigos e repensemos determinadas opiniões. Tenho a certeza que há várias partes do livro com a qual a Pipoca não se identificaria hoje. Ora tomem como exemplo a estrondosa indumentária que Ana (ou um outro iluminado) escolheu para figurar a contra capa do livro.
Só não gozo mais com o outfit porque estou plenamente consciente da mediocridade das minhas escolhas de moda na adolescência. Obrigadinha, Avril Lavigne. |
Mas vamos lá terminar isto. Sendo uma compilação de antigos posts do blog da Pipoca (que ainda está activo, embora mais parado), este livro não traz muito de novo à sociedade e por isso seria o exemplo perfeito de livro que eu não recomendaria ninguém comprar nos dias de hoje… mas a verdade é que o preço actual ronda os 4€, como se a editora partilhasse da mesma opinião e decidisse atribuir um preço simbólico à coisa só porque sim.
Quem já conhece o trabalho da Pipoca acho que não ganha muito em adquirir este livro, e quem não conhece fica mais bem servido se começar a seguir o blog dela ou mesmo as redes sociais. Podem passar este à frente e guardar os quatro paus para uns cafés ou para uma partida de bilhar no bar da esquina. Mas sigam a Pipoca no Instagram porque a moça até é fixe.
A vida sem amor é dura.
Mas a solidão também é uma bela companhia.
Temos de saber viver só para não ter medo de um dia ficar só.
Sorrisos de luz.
Megy Maia
Não podia concordar mais 🙂
meu deus que tesouro!!
uma leitura imperdivel. recheada de magia e fantasia em cada texto.
uma autêntica viagem no tempo que nos dá a conhecer a evolução da escritora ao longo de quase uma década.
se bem que o titulo é um pouco confuso. Mas ao mesmo tempo uma prova de amor e dedicação para com uma conhecida marca de impressoras.
4everHp
muito obrigado por partilhares!
deixo-te aqui também o meu tesourinho deprimente
http://teoriasdomutu.blogspot.com/
quanto à pipoca mais doce,já ouvi falar mas nunca segui muito o seu trabalho.
You had me in the first half, not gonna lie! 😀
Saudades de o ver por aqui, caríssimo colega! É sempre bom ver algum humor (bom) nestes lados…
Mas olhe que acho que os nossos tesourinhos nao estão no mesmo nível de deprimência… o seu ainda tem alguns laivos de qualidade :p