É muito bonito querermos ser a florzinha especial que pensa sempre de maneira original mas há uma coisa da qual é muito difícil divergir: o amor pela época natalícia.
Seja pelas decorações, pelos reencontros de família, pelo prazer de dar e receber presentes, pela comida, pelas músicas, pelo simbolismo religioso do nascimento de Cristo, o que seja; a maioria de nós guarda no coração um cantinho especial para acolher o Natal e as coisas boas que traz.
Alguns poderão chamar-me consumista e outros hipócrita. Afinal, nem sequer sou católica praticante, que direito é que tenho de celebrar este ritual pagão? Eu diria que o mesmo direito que o Estado tem de decretar feriados religiosos apesar de sermos, em teoria, um país laico. E olhem que não me estou a queixar. Se ser hipócrita me leva a ter mais 6 feriados anuais e a viver num ambiente de festa durante um mês então sou uma alegre hipócrita. De tanta desgraça que a Igreja Católica trouxe ao mundo, ao menos que se aproveitem as melhores partes.
Mas falemos do que interessa: livros! Se há possibilidade de receber prendas, há possibilidade de receber livros! E não há muito mais coisas no mundo que me deixem com um sorriso tão grande na cara.
No topo do blog há um atalho permanente para a minha Wishlist Literária (cliquem aqui para ver) que está sempre actualizada. Qualquer um dos títulos que lá se encontra seria recebido de braços abertos. Há, no entanto, um punhado deles que vinha mesmo a calhar agora no Advento; ei-los:
Gothic Fantasy – Sherlock Holmes Short Stories
Ora nem de propósito. Há cerca de 2 semanas tinha eu andado a pesquisar sobre a obra de Sir Arthur Conan Doyle para começar a minha colecção de Sherlock Holmes e há uns dias atrás dei com este hardcover maravilhoso na FNAC de Coimbra. Não percebo os preços elevados da Wook e da Amazon quando na FNAC o livro está a 15 euros, atenção a esse pormenor. Esta compilação junta não só os primeiros livros do detective – “As Aventuras de Sherlock Holmes” e “As Memórias de Sherlock Holmes” – mas também outras short stories. Um must must have.
Trilogia do Lótus III – O Reino do Meio
Não podia deixar de fora o final da primeira trilogia do português
José Rodrigues dos Santos da qual estou a gostar muito. Com uma carga de
história mundial um bocado pesada,
não são livros para toda a gente. Mesmo eu, que gosto muito de história, fiquei fatigada com alguns diálogos que duram páginas e páginas. Mas quero muito conhecer o final que o gajo deu à história, agora com a 2ª Guerra Mundial prestes a eclodir.
Série Vaticano II – Bala Santa
Antes do Tomás Noronha e do Robert Langdon já eu seguia as pisadas dos policiais católicos com o português Luís Miguel Rocha, infelizmente falecido em 2015. Não sei como é que estou prestes a chegar a 2018 sem ainda ter lido este livro. Para ser sincera, acho que nunca o vi à venda numa livraria física até à semana passada, em que me apareceu numa das bancas do Continente. Um livro que fala da tentativa de assassinato do Papa João Paulo II e de polémicas papais, obviamente que não posso deixar passar.
O Fim da Inocência – Parte I
Mais um autor português na lista, desta vez com um livro que está actualmente com uma adaptação cinematográfica em exibição. O “Fim da Inocência – Parte II” deve ter sido o único livro que a minha irmã leu do princípio ao fim na vida e só isso me deixa com curiosidade para conhecer a história. Mas, como é óbvio, terei de começar pelo primeiro. E sim, eu sei que não há relação entre as duas partes. Mas há hábitos que são difíceis de largar.
Série Dark Tower I – The Gunslinger
Se não sabem passam a saber: um dos meus objectivos de vida é ler a obra completa do Stephen King, desde romances a novelas e contos. Quero tudo o que este homem escreve, o bom e o mau. Há muitos livros dele que eu gostaria de receber mas escolhi o primeiro da série ‘Dark Tower’ por causa do filme que estreou este ano e que eu fui ver ao cinema. Não é nenhum filme extraordinário mas, sejamos sinceros, quantas adaptações dos livros do Stephen King é que ficaram, de facto, decentes?
Caim
E já que falamos em objectivos de vida, deixo aqui mais um: ler todos os anos um ou dois livros de José Saramago. Apesar de gostar muito, não são livros que leiam assim todos seguidos. E o próximo que quero ler é, sem dúvida, o Caim. José Saramago e religião é bom tempo garantido. Pelas críticas já percebi que não é dos melhores livros que ele já escreveu, por isso também não quero ir com muitas expectativas. De qualquer modo, teremos sempre o “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” para nos alegrar.
Os Melhores Contos de Edgar Allan Poe
Parece que este é o ano em que me rendo aos contos. Sempre achei que não seria coisa para mim, mas depois de ter lido alguns contos da Agatha Christie e do Sir Arthur Conan Doyle acho que estou pronta a mudar de ideias. E se é para ler contos, é para ler contos de boa qualidade. Mestre de suspense e do horror, Allan Poe foi dos autores mais intrigantes do século XIX e esta edição em hardcover da ‘Saída de Emergência’ parece-me ideal para começar.
Amigos, as cartas estão lançadas. Ainda têm tempo até dia 25 para se organizarem e decidirem qual ou quais destes me irão oferecer. Vamos fingir que vai acontecer.
Entretanto, aguardem-me nas próximas semanas. É quase final de ano e, por isso, é altura de divulgar as melhores e as piores leituras de 2017. So exciting!