Destaques de Fevereiro

Fevereiro foi talvez o último mês de descanso que tivemos antes da onda de preocupação e pânico trazida pelos novos casos de Corona vírus em Portugal.

No momento em que escrevo esta publicação, já me encontro em isolamento voluntário durante, pelo menos, as próximas duas semanas, o que significa que os destaques de Março não terão muito que se lhe diga… Quer dizer, posso sempre falar sobre a melhor torrada que comi ou sobre a maior mancha de humidade que limpei, mas sinceramente acho que isso não interessará a muitos…

Mas não pensemos nisso agora; deixem-me recordar as coisas boas do mês de Fevereiro:

Exposição “Harry Potter”
Os meus amigos já estavam seriamente a pensar internar-me no início do mês, isto porque estávamos a pouco tempo da Exposição terminar e eu ainda não tinha marcado viagem para lá ir. Por fim, os meus pais decidiram tomar a decisão por mim e lá rumamos os quatro em direcção a Lisboa para ver a grande atracção. Grande como quem diz, pois a exposição está confinada a uma tenda no Paque das Nações e leva pouco mais de uma hora para ser vista com atenção. Se isto foi um problema? Para mim, não. Primeiro, porque já sabia isso de antemão; segundo, porque a exposição está simplesmente fantástica e não peca pela falta de detalhes! Peca sim, pela falta de luz. Não sei se a Warner e a EDP se envolveram em encrencas mas, caramba, foi quase impossível conseguir tirar uma fotografia em que se visse a minha cara! Mas bom, no geral, experiência muito positiva!
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“O Filme do Bruno Aleixo”
Eu não sou pessoa de ir ao cinema nem sequer de ver filmes, por falta de paciência e outros eventuais motivos que ainda tenho de explorar na terapia. Mas seria heresia da minha parte não pagar bilhete para ver o meu comediante português preferido, o meu conterrâneo Bruno Aleixo. Lembro-me de ainda ser gaiata e andar pelo recreio com os meus amigos a recitar de cor os episódios de “Bruno Aleixo na Escola” e “Bruno Aleixo no Hospital”. E mesmo na universidade, “Erasmus Girls” foi o hit sensação no meu grupo de estudo. Confesso que não tenho acompanhado tão de perto os últimos projectos, mas este filme deu-me certamento vontade de o voltar a fazer. Não é obviamente para qualquer espectador, mas penso que fãs mais acérrimos vão dar umas boas gargalhadas
Apresentação “As Velhas Crianças”
Parece mentira mas é verdade: com 25 anos e leitora assídua desde os seis, nunca participei voluntariamente numa apresentação/sessão de autógrafos de um livro novo. Culpem a minha ansiedade social, a minha introversão ou a minha estupidez, mas nunca reuní coragem para tal coisa. Mas quando uma amiga nossa nos convida para o lançamento do novo livro do namorado, novas variáveis são postas em jogo e a vontade ganha uma nova força. E foi assim que dei por mim na Fnac a assistir à apresentação do terceiro(!) livro do Rui Caria, “As Velhas Crianças“. Superou as minhas expectativas, principalmente pelo o facto de o Rui ser um excelente orador; quando dei por mim, estava a ouvi-lo há mais de uma hora. Ainda não tive oportunidade de ler o livro, mas irei fazê-lo com certeza. O livro está à venda na Amazon e pode ser adquirido aqui
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Jogo “Link’s Awakening”
Tive a infelicidade (ou felicidade?) de não ter crescido com uma infância marcada pelos videojogos e consolas da época. Não tive Gameboys nem Nintendos, e já tinha 12 anos quando os meus pais me ofereceram a nossa PlayStation 2. Desde então que tenho saltado entre jogos de PC e a minha mais recente aquisição, a Nintendo Switch, que é só das melhores coisas que arranjei nos últimos tempos (e que provavelmente será a minha melhor amiga na quarentena!). Em Fevereiro joguei “Link’s Awakening“, um jogo muito simples e fofinho que não é mais do que uma recriação do jogo original do GameBoy e que só tenho pena de não ter jogado porque tenho a certeza que o factor nostalgia só teria contribuído mais para o meu divertimento com este jogo.
Finlândia
Nem consigo acreditar na sorte que tive em ter marcado estas mini-férias para o final do mês de Fevereiro, numa altura em que o Corona ainda nem era levado a sério em Portugal (e erradamente). Parte-me o coração ver a quantidade de viagens, casamentos e sonhos de que muitas pessoas estão a ter de abdicar neste momento atípico, e só me posso sentir felizarda por nenhum dos meus planos ter saído furado. Quanta à viagem em si, foi fantástica, principalmente pelo facto de ter sido a primeira vez que vi neve! Já tinha ido a Oulu há dois anos mas na altura do Verão, em que temos umas vinte horas de dia e temperaturas quase quentes, mas desta vez decidi ir pelo outro extremo. E foi incrível. São as vantagens de ter amigas a tirar doutoramentos no estrangeiro 😀
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Dia dos Namorados
Por último mas não menos importante, não podia deixar passar o meu primeiro Dia dos Namorados com o meu actual namorado. Acredito que com o tempo esta data possa começar a ser banalizada, mas a primeira é sempre crucial, pelo menos para mim. São as primeiras prendas, os primeiros planos mais românticos, as ideias mais ousadas… e tanto pode correr bem ou mal! É um jogo de conhecimento do qual saímos os dois sempre a ganhar, independentemente do resultado. Desta vez passámos um fim-de-semana tranquilo na Mêda, na casa dele, trocámos prendas simples e simplesmente aproveitámos a companhia um do outro. Para o ano, quem sabe, uma escapadinha romântica para uma ilha deserta ou num hotel de cinco estrelas em Nova York? O céu é o limite… e o dinheiro na carteira também 🙁

Quase que me dá vontade de chorar só de relembrar todos estes bons momentos que nem se passaram assim há tanto tempo. Parece que desde então entrei noutra dimensão paralela em que tudo o que vivi até então está a ficar preso num canto obscuro da minha memória. Deve ser só o “medo” e a confusão de lidar com este novo período de quarentena que estamos a viver. 
Que nem me prejudica muito, afinal, sou naturalmente um bicho do mato que até agradece poder trabalhar e passar os dias inteiros em casa. Mas há outros factores a considerar, e quando penso que o meu pai continua a ter de ir para o hospital todo o dia e que não vou poder visitar o meu avô ao lar durante várias semanas, fico apreensiva. Mas não há que temer! Estou a cumprir o meu papel e acredito que mais dia menos dia, todos os portugueses ganhem alguma consciência e decidam também seguir as regras básicas da prevenção. A humanidade está a passar por (mais) um teste, e não há motivos para falharmos 🙂 
Stay home, stay safe.

2 Comments

  1. Queria tanto ter ido à exposição do Harry Potter 🙁
    Foi um belo mês de fevereiro! Espero que os próximos dias melhorem

  2. Acho que não se pode fazer muito quanto às próximas semanas, é ficar em casa e esperar que o panorama não piore demasiado!
    Oh, tenho pena que não tenhas ido… em teoria ainda estaria aberto até Abril, mas com a pandemia acho que já não tens hipótese. Espero que haja mais oportunidades! 😀

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