2500 anos depois de ser uma trend no mundo literário virtual, decidi finalmente ler um livro da Rainbow Rowell, yey! Mais cedo ou mais tarde teria que ser, e a primeira vez chegou este mês com ‘Anexos’. Mas, Mariana, por que é que não começaste com os mais populares, o ‘Fangirl’ ou o ‘Eleanor & Park’ ? Primeiro, porque gosto de ser diferente. Segundo, porque era o livro que estava em promoção, e não é à toa que me apelidam de ‘Tio Patinhas’.
Passando já para o final, porque eu sou assim, ‘Anexos’ é um bom livro. Não vai mudar o mundo da literatura, não nos faz querer erguer uma estátua à Rainbow, e dificilmente será considerado o ‘preferido da vida’ por alguém no mundo. Mas também não se pretende que seja nada disso. É apenas uma história curta e directa, com personagens likable, situações improváveis e uma tonelada de referências culturais. Fez-me rir e sorrir muitas vezes, o que é excelente, e fez-me estar acordada até altas horas a avançar o máximo de capítulos, o que não é tão excelente assim para quem tem de acordar cedo. Não podendo compará-lo com outros livros da autora, posso só julgá-lo como é, e fiquei sim com vontade de querer ler mais da Arco-Íris.
Mas vamos falar agora do livro com mais detalhe. Se não queres SPOILERS, não preciso de te dizer que esta é a parte em que deixas de ler, certo? Vá, vai lá abaixo deixar um comentário simpático e vai embora.
‘Anexos’ é um livro que quer fazer-nos acreditar que:
Mas anyway, isto sou só eu e os meus pensamentos. O livro em si é engraçado, especialmente os e-mails trocados entre a Beth e a Jen. Para quem gosta de menções a cultura pop vai ficar mais deliciad@ com este livro do que o Garfield com lasagna. Não é exagero, há uma média de 2 menções por página. Infelizmente, da minha parte, acho que só apanhei cerca de 33%, o que me leva a pensar que das duas uma:
1) Não estou assim tão velha como penso que estou e por isso é normal eu não conhecer metade dos nomes que me apareceram à frente;
2) Vivo tão alienada do mundo que restringi a minha base de dados de celebridades a nomes como Tom Cruise, Donald Trump e Cristina Ferreira.
Mas gostei de ver as referências ao bug do milénio, e toda a caracterização em volta do fenómeno, nomeadamente o pânico colectivo exagerado que lhe ficou tão associado. Uma futura informática delicia-se com estas coisas.
A personagem principal, Lincoln, é bastante likable. É o rapaz tímido e pouco confiante que não tem grandes expectativas de futuro e vai vivendo um dia de cada vez. E ao contrário do que estamos habituados a ver em outros livros, o nerd Lincoln é de facto bastante atraente e chega mesmo a ter um melhor amigo cool e, pasmem, uma namorada bonita no secundário. Qualquer coisa neste desvio da personalidade a que estamos habituad@s a ver em totós me faz gostar mais do rapaz.
Quanto ao fim, confesso que não fiquei muito fã. Quando o livro estava a cerca de 80%, estive mesmo para apostar que a Beth ia acabar com o outro rapaz do cinema e que o Lincoln, depois de perceber que tinha boas qualidades de físico e de personalidade, iria passar a gostar mais de si mesmo e lutar por uma vida melhor (talvez arranjar um trabalho mais à altura, talvez convidar a rapariga do ginásio para sair, whatever). Acaba por ser uma coisa muito cor-de-rosa e ainda mais irrealista do que o resto da história. Mas, assim sendo, desejo uma longa vida feliz aos dois, com muitas sessões de cinema com beijinhos pelo meio. Só espero é que se mantenham afastados do teatro. Acho que todos nos lembramos do que aconteceu da ultima vez que um Lincoln foi ao teatro.