Livros para ler este ano (obrigatoriamente)

Ênfase no obrigatoriamente, como se algum mancebo aparecesse no final do ano a dar-me com uma cassetete caso me tenha desviado dos meus deveres. Na verdade, é só para me ato impingir pressão, tendo em conta que alguns dos nomes da lista já estão há demasiado tempo a ganhar pó na estante.

Com mais ou menos convicção, segue uma lista de 9 livros que espero ler durante este ano:


Os Sete Maridos de Evelyn Hugo (Taylor Jenkins Reed) – É preciso viver debaixo de uma pedra para ainda não se ter ouvido falar deste livro. E tendo em atenção as opiniões tão positivas que se têm ouvido, é preciso ser um calhau para ainda não o ter lido. Eu sou esse calhau mas prometo que em 2023 vou conhecer Taylor Jenkins Reed.

A Amiga Genial (Elena Ferrante) – Uma grande falha no meu currículo. Há pouco mais de um ano juntei-me ao Gang di Bambinis, um grupo literário que começou graças a um projecto de leitura da tetralogia Napolitana. Tive a infelicidade de me estrear no grupo com “A Vida Mentirosa dos Adultos” e de me ter desiludido um pouco, envenenando futuras incursões com a autora. Mas este livro está há uns 4 anos na estante e é altura de desbravar.

A Connecticut Yankee in King Arthur’s Court (Mark Twain) – Livro não traduzido para português, provavelmente porque não é dos livros mais populares de Mark Twain, autor americano que ainda me é desconhecido, literariamente falando. Não tenho razões propriamente eruditas para esta escolha. Há um canal de reviews de filmes no Youtube que sigo há anos e um dos meus episódios preferidos é de uma adaptação homóloga de 1995 e por algum motivo meti na cabeça que este ano queria muito ler a obra original. Espero que me saque umas quantas gargalhadas.


Uma Coluna de Fogo (Ken Follett) – Passaram-se anos desde que li “Os Pilares da Terra“, uma das minhas séries históricas preferidas. A sequela, “Mundo sem Fim” foi igualmente boa. “Uma Coluna de Fogo” é o fim da trilogia de Kingsbridge e se não fosse o seu tamanho assombroso já teria pegado ele mais cedo. Precisa de um pequeno empurrão.

O Remorso de Baltazar Serapião (Valter Hugo Mãe) – Há cerca de três anos comprei este livro com a total convicção de que ia começar uma jornada acérrima com Valter Hugo Mãe. Três anos se passaram e nunca mais lhe peguei. Nem preciso dizer mais nada.

Macbeth (William Shakespeare) – De vez em quando gosto de pegar em Shakespeare, principalmente nas edições de capa dura da Relógio D’ Água que trazem uma introdução alargada com contextualização e análise da obra em questão (infelizmente acho que já foram descontinuadas). O ano passado li Hamlet e este ano vou para outro dos grandes nomes, Macbeth, em parte também acicatada por uma grande leitura de 2022, “Como se fôssemos vilões“, que recomendo a quem gosta de dark academia e Shakespeare em particular.


Pensar, Depressa e Devagar (Daniel Kahneman) – Com um autor vencedor do Prémio Nobel da Economia, esta deve ser das obras de não ficção mais famosas do momento, mesmo já tendo uns anos. Em 2023 gostava de adquirir o hábito de ler pelo menos um livro do género por mês e este título que clamam que “transformará a maneira como pensamos acerca de tudo” fará certamente parte dos seleccionados.

Em busca do carneiro selvagem (Haruki Murakami) – Ainda não sei o que pensar de Haruki Murakami. Li apenas o “Norwegian Wood” e foi um livro estranho, uma leitura que até hoje não sei bem como classificar. Uma prosa muito bonita e até poética, mas com uma construção de personagens (principalmente as femininas) muito duvidosa e caricata. “Em busca do carneiro selvagem” tem uma premissa original e espero que me ajude a tirar as teimas com este conceituadíssimo autor japonês.

The Song of Troy (Colleen McCullough) – Honestamente não sei muito sobre este livro. Conheci-o graças ao canal de Youtube da Jojo e como tinha acabado de ler (e adorar) “O Canto de Aquiles” comprei-o praticamente sem pensar. Já o tenho parado na estante há mais de um ano e quero ver se lhe tiro o pó nos entretantos.

Eis a minha selecção, estou confiante de que vou limpar boa parte da lista (caso contrário nem faria sentido fazê-la). Falamos daqui a um ano. Tragam as cassetetes.

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