Os 7 Melhores Livros de 2018

Agora que nos despedimos do Natal, é hora de nos voltarmos para a segunda melhor coisa do ano: as listas e os posts de resoluções e apreciações do ano que passou. E não só gosto de ler e conhecer as reflexões alheias como também tenho especial prazer em fazer as minhas respectivas.

E para começarmos com uma nota positiva, deixo-vos de seguida as minhas melhores leituras de 2018, sem nenhum ordem estabelecida. Porquê 7? Porque acho que só sete é que merecem o destaque de estar na lista das melhores do ano. Não que tudo o resto tenha sido apenas razoável – longe disso – mas digamos que estes foram os que mais me marcaram. Mas como eu não quero interferir com a vossa OCD, deixo mais três menções honrosas no fim, perfazendo assim o total de 10 que nos deixa a todos tão mais confortáveis e descansados.

Mesmo sendo uma releitura, não seria justo deixar de lado o meu livro preferido de um dos meus autores preferidos. A dose certa de terror temperada com a escrita envolvente do Stephen King, foi o primeiro livro que li do Rei e o primeiro que recomendo a quem se quiser estrear com ele. Tenho opinião completa AQUI no blog, por isso ide lê-la imediatamente.
Numa altura em que quase já tinha dado a fantasia como um género ‘perdido’ para mim, ‘O Império Final’ foi a âncora salvadora que restabeleceu a esperança. Estava difícil fugir a toda a hype dos livros do Brandon Sanderson e eu decidi arriscar com a trilogia Mistborn – e que bem que fiz. Bons protagonistas, um sistema de magia fascinante (um pouco risível no início, confesso) e uma história bem cadenciada, só posso recomendar. Talvez o maior downside tenha sido o antagonista (com o tão explícito nome de Senhor Soberano) e o pouco desenvolvimento que teve… mas acho que as sequelas são capazes de preencher alguns buracos.

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 Juro que é o último livro do Stephen King desta lista. Foi o primeiro livro que li do autor este ano e aquele para o qual eu parti com uma maior reticência. Afinal, o que se pode escrever sobre um São Bernardo raivoso que começa a atacar pessoas? Bem, para o livro ter vindo parar aqui, é porque a coisa correu bem. É um livro curto mas que transparece bem os sentimentos do medo e da impotência. Quase que me fez chorar, e isso é dizer muito! Talvez não o recomende a toda a gente – este é um daqueles livros em que o Stephen King se diverte a divagar em personagens que pouco ou nada interessam – mas é obrigatório para os fãs do terror.

Este não foi um ano em que tenha lido muitos clássicos, penso eu de que, mas praticamente todos os que li me souberam a muito. E aquele que quero destacar aqui é, sem dúvida, Jane Eyre, o romance de literatura gótica de Charlotte Bronte. Uma obra talvez ambiciosa, em que acompanhamos o percurso de vida da protagonista, Jane Eyre, desde criança escorraçada e mal-tratada até à mulher independente e de fortes valores morais. Talvez não seja o clássico perfeito – pode parecer demasiado longo e as opiniões divergem quanto à personalidade do Mr. Rochester – mas a entrada para o meu top foi automática e espero muito reler um dia destes.
Em 2018 decidi colmatar uma das várias falhas graves que denigrem o meu currículo literário e começar a ler a extensa bibliografia da Agatha Christie. Não me adiantei por aí além mas acabei por ler uma dezena deles este ano, cada um melhor que o anterior. Até comecei a fazer um ranking do pior para o melhor, que podem ler AQUI. E é surpresa para alguém que ‘O Assassinato de Roger Ackroyd’ encime essa lista? Não me parece. É o clássico de Hercule Poirot com a resolução mais inesperada que li até agora, o que talvez não queira dizer muito, tendo em conta que ainda me faltam dezenas de livros dela para lerRecomendo bastante!

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2018 não foi um ano generoso no que toca a romances históricos. Infelizmente, aquele que considero ser o meu género literário preferido tem vindo a ser negligenciado há já uns largos meses, por razões que nem eu própria consigo identificar. Espero que em 2019 consiga rectificar a situação. Apesar de tudo, tive a oportunidade de ler ‘Um Mundo Sem Fim’, a sequela do aclamado romance ‘Os Pilares da Terra‘ e só esse salvou o ano. Seguindo a estratégia do seu predecessor, nestes calhamaços acompanhamos o crescimento de quatro protagonistas no século XIV, desde crianças inocentes a adultos conscientes e determinantes para o futuro da pequena vila inglesa de Kingsbridge. Mil páginas que passaram a voar, que me fizeram rir e ranger os dentes de raiva e que me deixaram em ânsias para pegar no terceiro e último volume da trilogia – “Uma Coluna de Fogo“.

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O primeiro livro de ficção científica que leio desde há muuuitos meses e que fez ressuscitar um desejo antigo de me dedicar mais a esse género literário tão frequentemente olhado de lado. É certo que não é pura ficção científica; distopia talvez seja um classificador igualmente apropriado para o livro, mas tem aqueles laivos de inteligência artificial e tecnologias futuristas que o posiciona em ambas as categorias. Para além disso, é também uma espécie de livro de mistério! Tem material para agradar a todos, e gostava muito que mais pessoas o conhecessem. Com certeza que lerei mais do Gene Wolfe e mais livros de ficção científica; quem sabe, talvez me junte ao Projecto Leiturtugas, do blogA Lâmpada Mágica“!

MENÇÕES HONROSAS
(clica na imagem para mais informação)

2018 não foi um mês brilhante no que toca a leituras. Não tive nenhuma leitura revolucionária, não li todas as coisas que queria (se bem que acho que isto será mais um dilema eterno) e li muito pouca literatura portuguesa. Mas perdeu-se uma batalha e não a guerra; nas outras frentes da minha vida o ano até que foi bem generoso: renovei contrato de trabalho, vim viver com o meu namorado, retomei (ainda que pouco evidente) um pouco de actividade física e não houve baixas na minha família e grupo de amigos – as in, continua tudo vivo e de boa saúde.

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Como só nos voltamos a ver para o ano, resta-me desejar a todos uma sóbria boa passagem de ano.  Mas não se habituem à minha ausência, eu voltarei muito em breve para dar a conhecer as minhas 7 Desilusões de 2018. Porque também as houve, e há que falar sobre elas. Até lá, happy 2019!

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