Resumo Agosto 2018

Durante toda a minha vida nunca me senti confortável no mês de Agosto; é quente, é o último mês de férias para quem estuda, é o mês em que tudo o que é estabelecimento fora do Algarve está fechado, é quente, etc. Digamos que para alguém que não gosta de praia, piscina e calor no geral é muito difícil encontrar prazer num mês em que tudo o que me resta fazer é ficar a derreter numa casa sem ar condicionado e com demasiado poucas ventoinhas.

Felizmente, 2018 tinha tudo para trazer o primeiro Agosto do meu agrado, uma vez que pela primeira vez não tive de tirar férias nessa fatídica época. E foi, de facto, maravilhoso! É certo que estou a escrever este post na segunda semana de Setembro, com 30ºC na rua, mas… bom, para o ano sou capaz de marcar as férias de Verão lá para Outubro.

 

Entre comprar mobílias (que obviamente só vamos receber no final de Setembro porque estamos em Agosto e ninguém trabalha em Agosto em Portugal, ajhdkjshfaf) e assinar burocracias relacionadas com o arrendamento, foi difícil encontrar a disponibilidade para prestar tanta atenção à leitura como gostaria. A solução? Escolher leituras mais light, como releituras de livros preferidos ou romances fofinhos e tolinhos 🙂 🙂

Como mencionei, este mês não andei com muita cabeça para me meter em grandes histórias novas. Não é de admirar que tenha começado o mês com a releitura de um dos meus livros preferidos do Stephen King, Pet Sematary, que foi também o título com que me estreei com o autor! Eu sei, diz-se que não se deve voltar aos sítios onde fomos felizes uma vez… mas é tudo balelas.

Sonho de Uma Noite de Verão é a segunda peça que leio de William Shakespeare, mais uma vez nas edições de capa dura que a Relógio D’Água tem publicado. Ao contrário de ‘Romeu e Julieta’, trata-se de uma comédia que apesar de não me ter feito rir às gargalhadas, foi uma leitura rápida e divertida. A parte mais interessante do livro é, na verdade, o prefácio onde a tradutora apresenta um preâmbulo das personagens e a contextualização histórica da peça; always a nice touch.

O quarto volume da série das obras completas de Agatha Christie revelou-se até agora o meu menos preferido mas Hercule Poirot é intrigante o suficiente para me deixar colada às páginas e fazer acabar os contos bem depressa. As duas novas histórias já foram entretanto adicionadas ao ranking que estou a elaborar e que podem consultar AQUI. E para acabar o mês, decidi pegar num pequeno calhamaço da popular Jodi Picoult e… digamos apenas que não é dos melhores. Uma sugestão minha para futuros escritores: se algum dia deres por ti dividido entre focar a tua história na temática da eugenia do século XX ou no romance platónico entre um investigador paranormal e o fantasma de uma mulher assassinada, a primeira é definitivamente a boa opção.

E agora que chegámos a Setembro, é altura de eu aproveitar as minhas merecidas férias. Escrevo-vos isto no mesmo dia em que arrumo as malas para rumar ao meu novo apartamento, ainda despido da maioria da mobília. Mas com a companhia certa, até uma tenda se pode transformar no mais luxuoso resort de Vilamoura. Resta-me desejar a todos um bom Setembro e boas entradas no novo ano lectivo e, claro, boas férias para mim! 😀

Agosto, água no rosto.
Agosto, candeeiro posto.
Em Agosto aguilhoa o preguiçoso.
Tardes de Agosto, passam de encosto.
Em Agosto toda a fruta tem o seu gosto.
A chuva de Agosto apressa o mosto.
Agosto tem a culpa e Setembro leva a fruta.
Em Fevereiro chuva, em Agosto uva.
Se queres ver o teu marido morto, dá-lhe couves em Agosto (???).  – Provérbios Populares