TAG #2 – First Date (Primeiro Encontro)

TAGs… gosto de TAGs! E não, não é só porque são muito mais rápidas e fáceis de escrever do que reviews de livros, mas também! Acho que são uma excelente maneira de ficarmos a conhecer gostos e opiniões de outras pessoas em poucas palavras e de forma engraçada. Quem sabe quantas pessoas não encontraram a sua alma gémea quando lerem uma das suas booktags… bom, provavelmente ninguém, mas deixemos a magia pairar no ar.

E é mesmo de amor que vamos falar hoje. Vi esta TAG num dos meus canais estrangeiros preferidos, o LilyCReads (se não a seguem ainda, não sabem o que estão a perder), chamada “The First Date Book TAG” (traduzida seria “TAG do Primeiro Encontro”), e apontei aqui para fazer também! Foi criada já no ano passado pela Katesbookdate e consiste em 10 perguntas relacionadas com livros e primeiros encontros amorosos, claro!

Sem mais demoras, vamos às minhas escolhas! É verdade que sempre que se traduz uma coisa da língua original se perde metade da essência do texto mas sendo este um blog português, optei por fazer um mix de tradução e não tradução das categorias.

1) Awkward First Date – Um Livro onde ficou a faltar qualquer coisa (não foi mau, mas faltou-lhe um je ne sais quoi)

https://images.portoeditora.pt/getresourcesservlet/image?EBbDj3QnkSUjgBOkfaUbsKsSern6YbistoGkJVqXmraaboDzpwAI5E8RgOKZp%2FJJ&width=275

Eu bem sei que nem o Dan Brown nem o José Rodrigues dos Santos estão perto de se tornar os grandes escritores do século XXI mas há qualquer coisa de magnético nos livros deles que me atrai para ler mais histórias do Robert Langdon ou do Tomás Noronha, e gosto disso! Por essa razão, fiquei muito entusiasmada quando ouvi falar desta série (enorme) do Daniel Silva, com padrões de história semelhantes aos outros dois. Poderia o Gabriel Allon ser o terceiro personagem a conquistar-me? Mehhh… Confesso que não fiquei totalmente satisfeita com o primeiro volume da série. A personalidade do Gabriel não foi muito desenvolvida e a história em si também não foi nada de original. Mas também é verdade que estamos a falar de um livro do ano 2000 e que conta já com muitas sequelas onde os personagens importantes certamente serão mais desenvolvidos. É uma série que ainda pretendo continuar a ler.

2) Cheap First Date – Um Livro que acabou por ser menos do que aquilo que esperavas

http://www.estantelotada.com.br/wp-content/uploads/2015/06/81sc7DMQEVL._SL1500_.jpg

Eu estava com expectativas muito elevadas quando comecei a ler este livro; não só tinha acabado de me deslumbrar com o fantástico “Gone Girl” como também o meu namorado me dizia que este tinha sido o livro preferido dele (ele já leu tudo da Gillian Flynn). Acabei por achar o livro meio aborrecido, demasiado dramático e sem grande rumo. Foi essa falta de rumo que me levou a começar a fazer suposições quanto ao final, suposições que não ia gostar nada que acontecessem… e aconteceram. Não gostei do final, achei lazy, uma saída fácil. Se era suposto ser surpreendente, comigo, falhou. Não é um livro mau, longe disso, mas foi uma grande decepção para mim.

3) Well-Prepared First Date – Um Livro que excedeu as expectativas

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/8/89/TheLandOfDecoration.jpg/220px-TheLandOfDecoration.jpg

Ao contrário do que aconteceu com o caso anterior, fui para este livro praticamente sem expectativas. Lembro-me que queria experimentar comprar qualquer coisa pelo AwesomeBooks e esse livro estava em promoção, portanto foi o que veio. Um hardcover que é tão bonito por fora como é por dentro. A personagem principal, a Judith, é das criaturas mais puras e inocentes sobre a qual já tive o prazer de ler. É um livro que se devora, um livro onde choramos as desgraças e celebramos os sucessos da pequena Judith, uma criança cuja educação assenta nos grandes pilares da religião católica, com todas as coisas boas e más que daí advém. Lindíssima história, recomenda a todos.

4) Hot But Dumb – Um Livro bonito por fora mas não tanto por dentro

https://vignette.wikia.nocookie.net/shipping/images/5/56/A_Court_of_Thorns_and_Roses.jpg/revision/latest?cb=20170802090743

Não deixa de ser irónico que um livro que tenta ser um reconto de ‘A Bela e o Monstro’ acabe a ser exactamente o contrário: muito bonito por fora mas com um interior muito pobre. A premissa da história não me desagradou totalmente, mas a falta de caracterização das personagens e do mundo, isso sim. A rapariga principal é uma tonta; no início aparece-nos como a badass que sustenta a família mas a partir do momento em que é ‘raptada’ parece que alguém lhe suga a alma e lhe diz que tem de passar a fazer sempre o contrário do que os outros lhe dizem, because reasons. A história do mundo é contada literalmente em cerca de duas páginas lá para a frente, pela boca de uma empregada qualquer, because reasons. A vilã é simplesmente ridícula e pouco original, não há muito mais a dizer sobre ela. Aliás, toda aquela parte final da rapariga ir salvar o Fada Macho à terra da bruxa má (uma viagem que dura uns incríveis 30 minutos) ficou muito mal feita, na minha opinião. Pareceu-me que o objectivo principal foi só apresentar um novo interesse ‘romântico’ para se prolongar para os próximos livros. Não gostei, Sarah J. Maas não é para mim.

5) Blind Date – Um Livro que escolheste para ler sobre o qual não sabias nada

Resultado de imagem para george orwell 1984 cover

É verdade, até há uns meses atrás eu pouco ou nada sabia sobre o grande 1984. Sabia que era uma distopia, sim, uma visão do que George Orwell adivinhava vir a ser o ano de 1984, mas nada mais. Não sabia se tinha personagens, se tinha uma história, se tinha uma premissa, zero. E se calhar até foi melhor assim, porque foi uma muito agradável surpresa. Excelente livro, mais que recomendado. E, para aqueles que partilham as mesmas questões iniciais que eu tinha, aqui fica o spoiler: sim, há personagens e há um plot.

6) Speed Dating – Um Livro que leste muito depressa

 Resultado de imagem para gémeas do gelo

Para quem não sabe, eu sou uma leitora relativamente lenta. Leio pouco mais de uma hora por dia e, se for um mês bom, consigo ler mais do que três livros. Mas este livro lembro-me bem que acho que nem cheguei aos três dias. E o mais incrível é que toda a história é desencadeada por um facto que me deixou maluca: pais que têm filhas gémeas QUE NÃO CONSEGUEM DISTINGUIR E QUE NÃO FAZEM NADA PARA RESOLVER ISSO. Nunca eu conseguiria dormir descansada sabendo que tinha duas cópias em casa e que não tinha maneira de saber quem é quem. ‘Ah e tal mas as personalidades são diferentes‘, pois, pois, mas depois acontece o que acontece neste livro. Nem sequer gostei particularmente do final. Não quero revelar nada, mas a história começou a desandar para caminhos que não me estavam a satisfazer nem um pouco. Mas, justiça lhe seja feita, é um livro viciante e difícil de largar.

7) The Rebound – Um Livro que li demasiado cedo depois de uma ressaca literária o que acabou por arruiná-lo 

No book here. Não sofro de ressacas literárias, nem de ressacas de qualquer espécie, já agora. Next!

8) Overly Enthusiastic Date – Um Livro que pareceu estar a esforçar-se demasiado

Resultado de imagem para cidades de papel

Poderia ter feito uma roda da sorte com todos os livros do John Green e qualquer escolha seria apropriada para esta categoria. Mas pronto, vamos com o ‘Cidades de Papel’. Qual é a necessidade de fazer de todo e qualquer personagem principal do livro um pretensioso de primeira? Que raio de personalidade é que o John Green estava a tentar dar à Margo? E por que diabo é que os miúdos decidiram embarcar numa viagem maluca para tentar encontrá-la? A miúda era uma idiota e uma carente, ainda bem que desapareceu! Deixem-na desaparecida, nobody cares! E aquele final, que raio de disparate. Não é um livro terrível, ainda me entreti com ele, mas é de revirar os olhos com a pseudo-filosofia que o John Green lá tenta meter.

9) The Perfect First Date – Um Livro que fez tudo certinho

http://covers.feedbooks.net/book/56.jpg?size=large&t=1491307560

Não podia deixar de referenciar um dos meus livros preferidos de sempre. Já li este livro há muitos anos e continua a ser perfeito, na minha opinião. Histórias de desgraça e drama são a minha cara, adoro. Como não chorar e ter pena do pequeno Oliver… como não odiar as pessoas e o mundo onde ele teve o desprazer de nascer e crescer? Preciso urgentemente de reler este livro nos próximos tempos. E de comprar também uma edição mais decente porque aquela que eu tenho… Deus me livre. Por incrível que pareça, nunca li mais nada de Charles Dickens. Se os outros livros dele me arrebatarem nem que seja metade do que ‘Oliver Twist’ me arrebatou, já fico satisfeita.

10) Humiliating First Date – Um Livro que tens vergonha de admitir que gostas OU um Livro que tens vergonha de ser vista a ler em público

Resultado de imagem para virgens suicidas livro

Vergonha de admitir que gosto de um livro não tenho. Se gosto de um livro gosto, pronto, fazer o quê? Percebo que uma pessoa que goste, por exemplo, do ‘Mein Kampf‘, do Hitler, ache que deva ter vergonha de o admitir. Mas acho que nesse caso a vergonha seria o menor dos problemas dessa pessoa. Portanto, vou optar pela opção da categoria e escolher o livro ‘Virgens Suicidas’. Não por causa da história mas pelo título. Confesso que seria um bocado estranho se os meus colegas de trabalho me encontrassem na sala de convívio, à hora de almoço, com este livro nas mãos. Não morreria de vergonha, mas prefiro evitar tal situação :p.

E é isto, está feita a TAG! Praticamente ninguém do booktube nacional fez esta TAG, pelo menos que eu tenha visto, e eu até a acho engraçada! Espero que tenham gostado das minhas respostas. Concordam com algumas? Digam-me nos comentários. Não concordaram com nenhuma? Digam-me também! Agora vou tentar dedicar-me a algumas opiniões, mas não prometo nada. A vida de trabalhadora está a ser mais cansativa do que estava à espera…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *