Wrap Up Maratona Literária Verão 2017

 

Primeiro livro que li para a maratona e a primeira desilusão do Verão. Este livro fecha a trilogia Langani, cujos dois primeiros livros li há alguns atrás e me deixaram até bastante entretida. Este livro foi uma tortura para acabar de ler… Cenas irrelevantes e/ou mal-desenvolvidas são o prato do dia. Um bocado triste ver personagens com as quais até passei uns bons momentos a serem mal-tratadas desta maneira. Se é para rematar uma série, que seja para ser em grande.

  

Livros YA não estão de todo incluídos na minha leitura habitual. Mas quando ganhei este livro num passatempo, decidi dar a oportunidade. O livro pode não ter ganho grandes prémios, mas ainda assim coleccionou um conjunto interessante de nomeações e atribuições menos conhecidas, o que poderá querer dizer alguma coisa. Ou então não, porque o facto de um livro ganhar prémios Pullitzer ou  prémios Camões não me garante que vá gostar mais dele: a opinião que interessa mesmo no final é a da própria pessoa que lê. Posto isto, não achei um livro excelente, mas diverti-me muito a lê-lo, o que já é uma excelente qualidade. Não é um que me fique na memória, mas definitivamente não é um livro que envergonhe a categoria de livros YA. 

O senhor meu parceiro não é homem de ler muito, mas quando lê e gosta, não há quem o ature. Andou meses e meses a chagar-me a cabeça para ler isto e eu, finalmente, decidi pedir-lhe o 1984 emprestado para esta maratona. Foi das melhores coisas que fiz este Verão. Que livro é este, que distopia é esta, que final é aquele. Não sei se o final é assim tão ‘surpresa’ para todos, mas para mim, que pouco ou nada sabia do livro, foi inesperado. Fiquei triste, é verdade. Fico ainda mais triste quando penso que há lugares no mundo onde esta história não possa ser bem considerada uma distopia, mas quase como o dia-a-dia normal. Gostei imenso, é agora um dos livros preferidos da vida.

Ainda não consultei a edição de 2017 do Dicionário da Língua Portuguesa mas tenho a certeza que nos sinónimos da palavra ‘desilusão’ tem de estar Outlander. Minha gente, what a mess. Uma premissa tão interessante, mesmo envolvendo viagens no tempo, que sei que não agrada a muitos, e uma história tão mal desenvolvida. Nenhum dos personagens se comporta como deveria, as reflexões e introspecções que são esperadas de livros que envolvam viagens no tempo (mesmo as mais básicas) são inexistentes, as evoluções dos personagens são imponderadas e não justificadas, a acção do livro é mais lenta do que eu a tentar carregar um vídeo para o Youtube com a minha Internet de casa. Acho que a palavra chave aqui é expectativa. O meu problema foi esperar um romance histórico com personagens boas e com história interessante o suficiente para me fazer continuar a estar interessante nas próximas 4 ou 5 Bíblias em que esta colecção já vai. Sei que muita gente elogia a série de TV (que nunca vi nem pretendo ver) e até quem afirme que a história melhora com os livros, mas… há muitos outros livros aos quais quero dar uma primeira oportunidade antes de dar uma segunda oportunidade a Outlander. 

Páginas: 120

Classificação: 4/5

Lembro-me de gostar muito de ter lido este livro no 11ºano da escola mas, seis anos depois, apercebi-me que já pouco me lembrava da história. Acabei por ler para a maratona e é com muito prazer que revalido a minha apreciação para com esta obra. É uma peça, por isso não se pode esperar histórias muito desenvolvidas ou compridas, mas as personagens são engraçadas, as reacções são genuínas e a trama é interessante. Percebo que não agrade a toda a gente, mas eu adoro. O que posso dizer, sempre tive queda para o drama.

Estou genuinamente surpreendida, não me parecia nada que tivesse lido tanto! Querem ver que aquela coisa de contar as calorias de cada refeição que tomo me pode ajudar realmente no processo de emagrecimento? Agora até fiquei com uma motivação diferente!

Foi uma experiência muito interessante, a minha primeira maratona literária. É verdade que deixei muitos desafios por cumprir, mas o importante é que, no geral, gostei muito dos livros que li nos últimos meses, e é isso que mais interessa. O lema ‘qualidade em vez de quantidade’ rege quase tudo na vida, por que não os livros também? Excepto dinheiro. Acho que aí não sou tão exigente com a qualidade, não…

Estou muito entusiasmada com a minha eventual participação em novas maratonas. Quem sabe se os canais “Flames” e “Agora que sou Crítica” não têm uma ideia para uma maratona de Inverno. Livros para ler não faltam por aqui 😉